Seguidores

SE VOCÊ COMPARTILHAR ALGUMA MENSAGEM DESTE BLOG, FAVOR REPRODUZI-LA EM SUA INTEGRALIDADE, CITANDO A FONTE OU INDICANDO O LINK DA MESMA.

4 de jul. de 2009

ANAEL – 4 de julho de 2009

DO SITE AUTRES DIMENSIONS


 Questão: como dominar os pensamentos que surgem?

Querer dominar os pensamentos é uma forma de controle.
Não se pode controlar os pensamentos, porque sua Fonte primeira é um pensamento.

Vocês são procedentes do pensamento de Deus e vocês são, portanto, a materialização do pensamento de Deus, através de sua encarnação nesta forma.

Vocês são a verdade da encarnação do pensamento.

É questão de superar, e não de controlar, a onda ininterrupta de suas agitações mentais que não são pensamentos.

A primeira etapa vai consistir em identificar, nesta onda e neste fluxo, o que provém do mental do que provém do pensamento.

É preciso, inicialmente, “fazer calar” o primeiro filtro.
O primeiro filtro é procedente do que vocês chamam o mental.
O mental cria, permanentemente, as ilusões mentais que vocês têm tendência a chamar de pensamentos.

Entretanto, o mundo do pensamento e o mundo do mental são separados, de maneira formal, por um véu.
Esse véu está, atualmente, sendo retirado das esferas de manifestações da humanidade em encarnação.

Esses véus foram colocados há certo tempo.
Eles separaram, dissociaram, seu mental do que foi chamado, em termos exatos por um de seus grandes sábios que se chamou Sri Aurobindo, o supramental.

Há, portanto, um véu de isolamento entre o mental e o supramental.
A maior parte das coisas a que vocês chamam pensamento vem, de fato, de seu mental inferior.

Qual é a particularidade desse mental?
O mental funciona de acordo com um modo binário e dissociado, ou seja, por um conjunto de informações vindas de seu ambiente, esse mental vai elaborar, através da percepção pelos sentidos e, além dos sentidos, por certo número de ideias, conceitos sob forma mental proveniente de sua própria percepção, de seu próprio campo de experiências e de coerências que consiste em classificar e distanciar, permanentemente, os elementos de escolha segundo um princípio dual.

O mental, como vocês se apercebem cada vez mais frequentemente, apenas pode funcionar, sempre, pela escolha, e essas escolhas estão ligada, elas mesmas, à noção de divisão, enquanto que, no que é chamado o mundo do pensamento (ou seja, o mundo tal como eu o nomeei, tal como o nomeou Sri Aurobindo, supramental), não existe dissociação.

São os mundos da Essência, da Luz, da forma, da vibração e do amorfo.
Quer dizer que, naquele nível, não pode haver influência mental.

O supramental é, por definição, o que está além do mental, ao nível vibratório, no qual apenas existe a Luz pura e a felicidade pura, que foi chamada em sânscrito Sat Shit Ananda.

Quando vocês estão sob a influência de Sat Shit Ananda não pode haver dúvida e dualidade, há unificação do campo de coerência do pensamento e, portanto, unificação de seu modo de expressão através da Verdade e da Unidade.

Como eu dizia, vocês não podem controlar os pensamentos.
Todo problema que se situa no ser humano (quaisquer que sejam as escolhas de experiência e de manifestação do referido problema) apenas pode se resolver através de um nível sub-inferior e imediatamente superior e não ao nível onde é gerado o problema e a problemática.

O que quer dizer isso?
Isso quer dizer que, para um ser humano que tem uma problemática situada ao nível do que vocês chamariam, se bem compreendi, agitação mental e efervescência do mental, a solução poderia ser se dizer «eu vou controlar esse mental e fazer secar a onda dos pensamentos » que eu chamo, de fato, de pensamentos, mas que são apenas uma agitação ou uma cogitação mental.

Esse processo é perfeitamente conhecido.
Ele corresponde ao que eu chamaria de algumas formas de meditação na vacuidade, no vazio ou num apoio extremamente preciso.

Isso foi perfeitamente estabelecido, por exemplo, no budismo que vocês chamam de tibetano.
Entretanto, hoje, não se deve negligenciar o fato de que há, doravante, e desde já alguns anos, e, sobretudo, desde algumas semanas, uma aproximação do plano do mental inferior concreto, dual e do supramental.

A solução é encontrar a chave e o acesso ao supramental.
Isso pode ser realizado de múltiplas maneiras.
O contato com a vibração e a radiação dos Arcanjos é uma.
O contato com a vibração e a radiação do Ultravioleta é outra.

Questão: quando as emoções se apresentam de maneira espontânea, que fazer?

Então, é preciso efetivamente compreender que refrear uma emoção é absolutamente nefasto para seu corpo e para sua evolução.

Quer dizer que vocês devem manifestar todas as emoções que se apresentam à sua consciência?
Não, porque a maior parte das emoções que são concebidas como reações com relação a uma estimulação não vem sempre, obviamente, nem de sua consciência, nem de seu próprio estado do momento.

É preciso bem compreender que a emoção que se situa no presente toma sua fonte com relação a um referencial passado.
A emoção está ligada à manifestação de um presente reacional.
Entretanto, esse presente reacional está sob a influência de condicionamentos anteriores evocando em vocês, e chamando em vocês, uma resposta específica com relação aos estímulos que foram colocados em evidência no instante que vocês vivem.

A transcendência ligada à emergência do supramental e da Luz em vocês permite, de modo natural, desconstruir, sem o querer, o que vocês chamam de emoções.

As emoções correspondem a um vetor importante do ser humano, mas não participam de modo algum da Luz.
A emoção, hoje, lhes é encoberta em sua Essência.
O sentido da emoção está ligado à participação de sua emoção num grupo.
Quer dizer que, nos mundos não dissociados, evoluindo tanto na 3ª dimensão unificada como nas dimensões que são de longe superiores, há possibilidade de se comunicar a emoção, no conjunto do grupo, ou no conjunto da consciência coletiva das pessoas que estão em relação, o que não é seu caso, hoje, nesse mundo dissociado.

É preciso, entretanto, compreender que as emoções que os animam estão ligadas, geralmente, a reações relacionadas aos seus próprios condicionamentos.
A emoção em si não é negativa, mas a emoção, tal como a vivem, em sua dimensão dissociada é, obviamente, destrutiva, porque ela concorre a afastá-los da dimensão da Luz.

Assim, alguns de vocês podem ter experimentado e vivido situações em que a emoção pôde se traduzir por uma impressão de aproximação para com a Luz.
Isso é verdade.

Mas, entretanto, nem todas as emoções participam deste impulso para a Luz, evidentemente.

A emoção provoca certo número de movimentos da consciência.
Assim, há certo número de emoções primárias.

Se tomo um exemplo, a raiva, é algo cujo movimento é a elevação da consciência e da energia, mas não para a Luz: a elevação e a ascensão, nesse caso, é para a cabeça, ou seja, para o mental.

A emoção raiva, qualquer que seja a manifestação, é uma emoção que vai reforçar o mental e as concepções mentais errôneas.

Os medos, do mesmo modo, fazem o movimento inverso da consciência, ou seja, o medo vai, literalmente, arrastá-los num movimento para baixo.
Esse movimento para baixo é uma atração para a cristalização no corpo.
Assim, pode-se dizer que os medos são os elementos motores da cristalização de algumas doenças que vocês chamam de câncer ou outras doenças ditas degenerativas, ou seja, que provocam uma alteração da forma, seja de um órgão ou de uma função.

Questão: como superar isso?

Há necessidade de deixar se manifestar, de modo muito mais importante, o que é chamada a Alegria.
A Alegria participa da manifestação e da expansão da Fonte.

Não pode haver acesso à Fonte sem Alegria.
A Fonte é Alegria.

Religar-se à Fonte é aceitar que a Alegria é tudo, não no plano simbólico, mas no plano da Verdade.

A coesão dos mundos é assegurada pela Alegria.
A manifestação de sua vida, mesmo se vocês a vivem num modo oposto à Alegria, apenas pode existir porque há a Alegria.

Assim, portanto, o que vocês chamam de Fonte, o que vocês chamam de Pai, o que vocês chamam Arcanjos, participam de maneira inexorável e inevitável ao estabelecimento da Alegria.
Não pode ser de outro modo para o estabelecimento de sua Divindade em vocês.

Ser Divino é ser feliz, é a mesma coisa.

Entretanto, é preciso bem compreender que, hoje, a Alegria é um fenômeno procedente do silêncio interior e do retorno ao Centro, mas a vida se manifesta como expressão e como compreensão.

A expressão vai para o exterior.
A compreensão vai para o interior.
E esta dinâmica interior/exterior, exterior/interior é a própria Essência do movimento da vida e da dança de Shiva, se querem chamá-la assim.

Há tempo para o silêncio.
Há tempo para a expressão.
Há momentos para a compreensão e para a vivência da Alegria.
Há momentos para a expressão e relação desta Alegria com o que é exterior ou considerado como exterior a você.

Não há, portanto, permissão a obter.
Isso é missão.
Não há permissão, eu repito, e há missão.

A missão é entrar na compreensão da Alegria através do silêncio interior, mas, obviamente, de manifestação da Alegria através da expressão de "quem sou eu" e "o que eu sou".
Portanto, as duas são etapas que se sucedem no tempo e no espaço.

Questão: o mental e as emoções giram por vezes como em círculo. Como fazer?

O movimento não é círculo.
O movimento é extensão, o movimento é, por vezes, contração.

Entretanto, você não é unicamente o resultado de seu passado, você é também o resultado de seu futuro.

Você deve definir seu presente por intermédio do que você deseja para seu futuro.

Você deseja a Luz?
Então, se sim, a Luz é expansão e permitirá vencer em você a contração ligada à inércia do movimento que gira em círculo.

Isso está além de uma compreensão mental, além de uma compreensão de suas próprias emoções e a compreensão de sua problemática.
Isso é aceitação.
A aceitação da Luz, no sentido o mais nobre, permitirá a transfiguração desse movimento que gira em círculo e a iluminação de seu passado, seu presente e de seu futuro.

Questão: de onde vem a problemática do equilíbrio masculino/feminino?

O feminino é doação.
O feminino participa de um movimento.

O masculino é tomar.
Ele participa de outro movimento.

Os dois movimentos são complementares.
Expansão/contração.
Masculino/feminino.

Trata-se exatamente do mesmo processo, entretanto, a resolução deste espaço de dualidade masculino/feminino apenas se pode encontrar na reunificação do masculino/feminino.

Isso será realizado, de maneira completa e autêntica, pela associação da radiação do Ultravioleta acoplado à energia do Espírito Santo, realizando para isso a Unidade da Fonte.

Assim, portanto, se deixar acalentar, em todos os sentidos do termo, pela Luz, pelo supramental e pelo que é a própria Essência da Luz permitirá resolver esta contradição.

Assim, portanto, estando no movimento que se enrola nele mesmo, você não pode perceber o movimento que se desenrola no exterior.
Isso participa da mesma evidência e da mesma realidade.

O que você expressa em masculino/feminino é outro modo de expressar o que você expressou exatamente antes e a resposta é, portanto, a mesma.

Questão: por que os espaços de silêncio me são cada vez mais necessários?

A Alegria preenche o vazio.
O que é o vazio?
É sua agitação mental.

A partir do momento em que a Alegria se revela à sua Presença e em sua Presença, o que acontece?
O mental não pode mais existir.

Isso explica os períodos de integração do silêncio através da Alegria.
A Alegria é contrária à agitação, embora ela seja movimento.

Mas o movimento não é agitação, o movimento é coordenação e coordenado.

Assim, a agitação é apenas um movimento desordenado.

As palavras são agitação, o mental é agitação, ele é princípio de divisão e princípio de separação.

Assim, portanto, quando vocês se aproximam da Unidade e da Unificação com sua Fonte, evidentemente o silêncio vai se tornar cada vez mais importante e as palavras cada vez menos significantes.

Assim, portanto, mesmo as palavras que eu exprimo entre vocês hoje são destinadas a fazer vibrar em vocês não mais seu mental, mas seu supramental.

Assim, os jogos de palavras tornam-se jogos do Senhor.
Assim, os jogos de palavras tornam-se os jogos da Alegria.

Questão: no âmbito das evoluções que se vivem, qual é a melhor maneira de viver a relação de casal?

Não há maneira.
A partir do momento em que, numa relação de casal, o homem e a mulher estão no caminho, que o caminho participe da mesma busca (por uma abordagem idêntica ou por uma abordagem diferente, pouco importa), o essencial, na relação, é deixar o outro livre.

A verdadeira relação é a que emancipa e a que torna livre, a que permite dizer que «o outro pode fazer o que ele quer, porque eu respeito».
Afirmando em si sua individualidade, respeita-se a individualidade do outro.

Caminhar junto permite se espelhar um no outro, se olhar um no outro.
Mas, a um dado momento, convém compreender que se olhar não serve a nada mais, mesmo caminhando junto.
A verdadeira relação é a que libera.
A verdadeira relação é a que emancipa, no sentido o mais nobre do termo, o que quer dizer que, estando emancipados, vocês podem continuar a caminhar juntos, no mesmo caminho, na mesma Verdade, em sua própria Unidade.

O homem e a mulher foram destinados a viver juntos, por quais razões?
Para encontrarem o que lhes faltava ou o que lhes parecia faltar no interior de Si.

Havia identificação na imagem amada, na imagem desejada.
Na imagem que trazia a firmeza de uma relação estável, havia a busca do que se chamava, do que vocês chamam, a incompletude em Si.

Ora, hoje, o que acontece ?
Vocês se apercebem, e vocês vivem, que vocês são completos, sozinhos, obviamente.
Mas ser completo sozinho não quer dizer viver só, bem ao contrário.

Ser completo sozinho quer dizer ser capaz de manifestar no exterior esta completude e não há nada de mais belo do que observar a completude de um e de outro.

Naquele momento, vocês não se olham mais como indivíduo, vocês se olham como Fonte.
A Fonte contempla a Fonte.

Isso é o sucesso da relação a dois.
Não há mais confinamento, não há mais separação, mas há ressonância.
A partir daquele momento, quando há essa identificação, a relação é sublimada e ela se torna liberta.

Questão: as vidas passadas têm ainda influências?

Vocês sofrem, por sua presença nesta dimensão dissociada, o peso de seu passado.
O peso de seu passado é, hoje, ativo em vocês, é claro.

Mas, entretanto, vocês devem resolver esse passado, assim como foi dito, eu creio, pelo Arcanjo Miguel.

Vocês entraram na era do Karmayoga, o que quer dizer isso?
Isso quer dizer que vocês devem enfrentar (e não confrontar), não no sentido de se bater, mas enfrentar no sentido de se ver e compreender e integrar que vocês são sim, efetivamente, o resultado de suas encarnações.
Eu ia dizer internamentos [confinamentos], mas é exatamente a mesma coisa.

Suas encarnações foram especificamente internamentos nesta dimensão.

Vocês são, portanto, de maneira inegável e inexorável, o resultado de seu passado.

Mas, hoje, é-lhes oferecida a possibilidade, pelo Karmayoga, de resolver seu passado.

Há, portanto, uma demanda, em seu sistema solar, para integrar sua nova dimensão, que é seu veículo de Eternidade e seu veículo de Existência.
É a mesma coisa.

Entretanto, vocês não podem penetrar inteiramente seu veículo de Existência ou de Eternidade estando ainda submisso aos pesos do passado.
Assim, quaisquer que sejam, mesmo, suas horas gloriosas (e houve, para cada um de vocês), quaisquer que sejam suas horas sombrias (e houve, para cada um de vocês), hoje, cabe-lhes transcender essas horas gloriosas e essas horas sombrias para a Luz de seu veículo de Eternidade.

Esse é seu destino, hoje, porque o peso não deve mais ser seu caminho.

Vocês estão num período de alívio, vocês estão num período de liberação.
Assim, vocês não devem mais voltar seu olhar para o passado, qualquer que seja a Luz de que tenha sido portador esse passado.
Vocês devem portar a Luz do presente.

Entretanto, não se pode negar que você é o resultado desse passado, mas é, também, a conjunção (ou você é também o resultado) de seu futuro, e isso se define pela presença a você mesmo, em seu veículo multidimensional e na Alegria da Presença a quem você é.

A Presença e a Alegria de quem você é se traduz por nenhum apego ao passado ou ao futuro.
É a conjunção de seu futuro que vem a você com a conjunção de seu passado que vem a você, também, não para se revelar em sua consciência, em suas manifestações, mas para se transcender na Alegria e na Presença da Alegria.

Questão: tem-se a possibilidade de modificar as escolhas de alma que se fez antes da encarnação?

Vocês todos se encarnaram com uma escolha de alma, o que eu chamaria, antes, um projeto de alma e um destino de alma.

Entretanto, hoje, o destino de sua alma individual encontra-se confrontado e afrontado com o destino da alma coletiva do planeta, que é o não retorno, ou o retorno à Luz, nos mundos Unificados.

Assim, seu caminho de alma, a idade que vocês têm hoje, as portas que vocês tomaram, as pessoas com quem vocês estão em relação, vão lhes permitir fazer as escolhas da Luz, ou da não Luz.
Não há aí qualquer julgamento.

Entretanto, as escolhas de alma que vocês fizeram lhes são próprias.
Mas a escolha de alma da humanidade, hoje, em sua totalidade, vem, por vezes, desvia-los de sua escolha de alma.
Isso não é punição, isso é revelação.

Assim, vocês devem aceitar os movimentos ligados a essa escolha da alma coletiva que se manifesta, hoje, na radiação da Presença do Ultravioleta, da Presença do Conclave Arcangélico e da Presença das cinco entidades que governam seus mundos.

Não há discrepância naquele nível.
Há: vocês querem continuar seus caminhos de internamento ou vocês querem se juntar aos caminhos da liberação?

Talvez vocês não tenham terminado seus internamentos.
Talvez lhes seja possível fazer crescer ainda mais a Luz que vocês são, manifestando-a ainda mais e submetendo-se ainda mais à lei de internamento.

Quando Cristo dizia: "os primeiros serão os últimos", o que ele queria dizer?
Ele queria dizer, por esse princípio, que mesmo os que hoje se opõem à sua liberação (por medo, por convicção) não devem ser julgados.
Por que?
Porque eles são, do mesmo modo que vocês, os cavaleiros da Luz que vêm reforçar sua própria Luz, opondo-se à Luz e ao estabelecimento da Luz.

Eles se tornarão, em outros tempos e em outros espaços, grandes Guias de outras humanidades em fase de revelação de sua Luz.

Assim, aqueles a quem vocês chamam, hoje, as forças sombrias ou as forças involutivas, são involutivas apenas pelo jogo.
Não lhes cabe apontar o dedo, não lhes cabe lutar contra.

Cabe-lhes aceitar simplesmente a Luz que vocês são.
Se eles não a aceitam, isso não compete a vocês, isso compete a eles, mas abençoe-os, porque eles lhes permitem revelar sua Luz e eles são os que, nos tempos de outros lugares, serão os seres certamente muito mais luminosos que vocês, em um determinado momento.
Assim, eles merecem seu Amor.

Questão: é verdade que nosso corpo foi criado por sete criadores?

É exato dizer que a criação desse mundo, e o próprio princípio desta encarnação dissociada foi iniciada por aqueles que representam, hoje, o Conclave Arcangélico.

Nós somos sete Arcanjos.
Nós somos sete a ter participado da criação desse mundo.

Entretanto, há um que, hoje, não faz mais, de maneira temporária, parte desse Conclave, porque ele foi o Arcanjo bem amado do Pai, que foi chamado Lúcifer.
Lúcifer lhes permitiu viver o conhecimento.
Lúcifer não é o Diabo.
Lúcifer é aquele que lhes trouxe, no sentido próprio como no sentido figurado, a liberação, mas a liberação pela cabeça e não pelo coração.

A liberação pelo coração, assim como o queria a Fonte, foi realizada pela encarnação e o sacrifício do Cristo.

Entretanto, hoje, essas etapas passadas, ilustrando as lutas de acordo com dois pontos de vista que podiam parecer, a princípio, opostos, estão, hoje, num espaço de resolução.

Não há mais oposição entre o princípio que vocês chamam da cabeça e o princípio do coração.
Os dois se juntam numa unidade.

Obviamente, manifestar um corpo, tão Divino que seja, pela vontade Divina (seu Templo, assim como o disse Cristo) é seu Templo Divino.
Não há diferença entre esse corpo de carne que vocês habitam e a Divindade.
Não poderia subsistir um milionésimo de milionésimo de segundo se não fosse habitado pelo Princípio da Luz.

Entretanto, esse corpo expressa, efetivamente, zonas que recusaram a Luz.

Desse princípio de oposição e de confrontação a vida se tornou possível.
A vida da entidade dissociada que vocês habitam (no entanto, de princípio Divino) está em relação com esse princípio de confrontação, de atrito e de oposição.
É isso mesmo que perdeu, e que tornou possível, num primeiro tempo, a manifestação desse corpo denso, dissociado.

Assim, portanto, agradeçam às forças evolutivas e às forças involutivas que lhes permitiram, como seres de Luz, reforçar sua Luz pela experimentação desse mundo e de seu sofrimento.

Assim, a Luz e a Sombra coexistem em cada um.

Se vocês fossem Luz, vocês não poderiam mais habitar esse corpo e, no entanto, esse corpo é o Templo da Luz.
É por isso que vocês realizam, cada vez mais numerosos sobre o planeta, a existência de um outro corpo do qual vocês não tinham consciência, que está bem além do que vocês chamam de seus envelopes sutis.

Ele era chamado, até o presente, a centelha Divina.
Centelha Divina porque se refletia isso através de um ponto, mas, na realidade, nos mundos não dissociados, não é um ponto, mas um corpo de Eternidade.

Esse corpo de Eternidade e de Existência é aquele que está se aproximando e se revelando em sua consciência dissociada.

A partir do momento em que vocês efetuarem a transição, ou a translação, nesse veículo multidimensional, vocês não habitarão mais esse corpo de terceira dimensão.
Ele será, em todos os sentidos do termo, um despojo.

Questão: mas há partes do corpo, apesar de tudo, que resistem?

Isso faz parte do princípio do jogo da encarnação.
As zonas resistem, as zonas de Sombra resistem à Luz.

Mas, quanto mais a Luz crescer em vocês, quanto mais esse veículo de eternidade se aproximar desse corpo denso e desses corpos sutis, mais se tornará fácil fazer cessar esta Sombra.

A Luz ilumina a Sombra.
A Sombra é apenas a Luz ainda não iluminada, simplesmente.

Assim, portanto, estar consciente do combate não serve, ao limite, a grande coisa porque, a partir do momento em que vocês colocam o olhar no combate, vocês participam do combate, ao nível de sua consciência.

Questão: tenho memórias fortes de passados religiosos. Isso significa que é preciso, hoje, que eu vá nesse sentido?

O importante é o que está em seu coração.
O apego a tradições às quais você é remetida necessita de um espaço de resolução em você.

O importante não é o apego a um movimento, mas o que você manifestou, em suas vidas passadas, nesses movimentos.
É isso que você deve reencontrar: o Espírito do movimento, e não o movimento em si.
O próprio princípio de sua ascensão está inscrito nisso.

Não é questão, através disso, de refazer reviver o passado, mas de liberar o passado.
Liberar o passado é outra coisa.
A conscientização do que você foi é uma realidade.

Entretanto, não há, nisso, adesão.
Deve haver liberação.

Os modelos criados por esse mundo, todos, foram autênticos e de Essência Divina. Seja o movimento religioso, seja o budismo, sejam algumas religiões esquecidas sobre a Terra, elas tiveram seu papel, elas tiveram suas funções.

Mas, hoje, é-lhes solicitado adotar um espaço de resolução que eu chamei, que Miguel chamou, de Karmayoga, não para despertar essas memórias, mas transcendê-las;

O que isso quer dizer?
Liberar-se e reencontrar a quintessência do que vocês viveram no momento dessas encarnações.
Não o peso da densidade da experiência, mas a quintessência.
Não é a mesma coisa.

Assim como eu dizia, vocês são o resultado de seu passado, mas esse passado é feito para ser superado, não é?

Portanto, superar esse passado é aceitá-lo, acolhê-lo e convertê-lo na Luz que vocês vivem.
É apenas através desta conversão, real, total, de seu ser, que vocês chegarão à Luz.
É-lhes, efetivamente solicitada, hoje, uma conversão real.

Questão: é útil conhecer o passado, independentemente do que aconteceu?

O que é útil para um é inútil para o outro.
Você pode ter a consciência de todos os mistérios do Universo, você pode falar, como dizia São Paulo em sua epístola, a língua dos deuses, você pode falar a língua dos Anjos, você pode ter a fé para deslocar as montanhas, se lhe falta o Amor, você não é nada.

O importante é o Amor (para além das religiões, para além das crenças, para além de seu passado) e sua aptidão para manifestar o Amor, para olhar seus irmãos e irmãs, qualquer que seja o papel deles na Presença na relação com você, se você olha com Amor e expressa a vibração do Amor e não, unicamente, como conceito mental, mas como vibração real existente na presença do Eu Sou.

Então, alguns seres, sim, resolvem o Karmayoga deles pelo conhecimento de sua filiação passada, presente e futura.
Outros, cujo caminho é o da simplicidade, não têm que se embaraçar com este conhecimento que, de uma maneira ou de outra, apresenta um peso a superar e a transcender.

Alguns têm um acesso direto à dimensão do coração, mas o mental deles quer fazê-los crer que eles têm necessidade de conhecer e de reconhecer o passado, ou o futuro, para estar no coração.

Entretanto, é preciso bem compreender que o que vocês vivem, ou têm a viver, é apenas função do que, para vocês, é alívio.

Portanto, todos os caminhos são diferentes, mas todos os caminhos levam ao coração.

Se a Presença manifesta à sua consciência reminiscências de suas Presenças passadas na densidade, você deve aceitá-las e integrá-las.
Se você as busca, ativamente, através do que lhe dizem alguns seres, ou através do que lhe diz seu mental, isso a nada serve.
É preciso diferenciar o que é Presença passada, manifestada em sua Presença, hoje, do que é sugerido ou imposto do exterior por seu mental e pelos seres.

A solução, portanto, é o coração.

Se você pode colocar sua consciência em seu coração, fazendo abstração mesmo do karmayoga do que você foi, você não tem mais necessidade de nada mais.

Viver o coração é viver a Vibração da Presença.
Isso é manifestação, magnitude e atração.

Não pode haver dimensão do coração afirmado pela cabeça.
Não pode haver dimensão do coração a não ser pela Vibração da presença e a Vibração da Alegria, na Existência.

O acesso a esse veículo de Eternidade apenas se pode fazer através da porta do coração, assim como lhes disse Miguel, e a colocação em ressonância do Verbo Criador.

«No início era o Verbo», «no início era a Presença», «no início era a Luz», «o Espírito de Deus flutuava sobre as águas», corresponde à junção do Verbo criador e da Presença.

A Presença e o Verbo Criador reúnem-se para fazer o milagre da Unidade.
A Unidade manifestada corresponde, portanto, à colocação em Vibração da Presença no coração.
Trata-se, portanto, do coração, não expresso pelas palavras, mas o coração vivido pela radiação da Presença, que corresponde à percepção consciente do espaço sagrado de seu peito.

Isso é o que deve ocupar suas noites e seus dias.
Vocês devem conseguir centrar sua consciência na Vibração da Presença, que é seu coração.
Esta não é visão do espírito ou do mental, mas é consciência real, Vibratória, da Presença em sua Eternidade.
Isso apenas pode ser realizado no coração.

Questão: minha vida afetiva está um caos. Que fazer?

O caos, tal como você define, corresponde à realidade que vivem muitos seres humanos, cada um em seus domínios, cada um em suas esferas de experiências.

Hoje, vocês são não mais confrontados às suas sombras, mas confrontados à Luz.
A Luz implica, em vocês, escolhas, caminhos e decisões.

Por vezes, isso pode lhes parecer desconfortável, difícil, e pode, nesse caso, provocar sentimentos de impaciência ou de injustiça ou qualquer outro sentimento expressando-se naquela ocasião.

Vocês devem estar lúcidos sobre o fato de que, tendo escolhido o caminho da Luz, que não é a Luz que deve se afastar de vocês, qualquer que seja o preço.

Vocês não têm os meios de compreender, inteiramente, o que acontece em suas vidas.
O abandono à Luz, assim como o define o Arcanjo Miguel, é verdadeiramente o elemento motor e o elemento fundador do que deve ser sua vida na Luz.

A Luz é inteligência, eu repito, assim como eu o disse essa manhã.
A inteligência da Luz é diferente de sua inteligência.
A inteligência da Luz é a formação de sua vida nesses mundos dissociados.

Então, paciência, seu caminho vai se iluminar muito proximamente.
Entretanto, ele necessita esta iluminação: que você aceite confiar na Luz e em seu caminho mais do que em seus desejos e em seus sonhos.
Portanto, convém compreender que é necessário abandonar-se ao que se manifesta e ao que vem a você.
Não há aí nem recompensa, nem punição, mas somente retribuição, não de qualquer carma, mas somente retribuição da Presença da Luz.

Todo ser humano vive a Luz, cada um em função do que ele deseja, do que ele desejou.
Entretanto, é preciso efetivamente compreender que as Luzes devem parecer diferentes.

Um segue um caminho de Luz que lhe é próprio, o outro segue um caminho de Luz que lhe é também próprio.
Não há melhor caminho de Luz, não há caminho superior a outro.

Existem caminhos nas vias evolutivas que são profundamente diferentes.
Alguns seguem a Luz que eles sempre seguiram.
Outros descobrem uma nova Luz.

As Luzes se afastam por vezes.
Outras se aproximam novamente.

A Luz vivida por um não é a Luz vivida pelo outro.

Não há desentendimento ou incompreensão da vivência do outro, mas, entretanto, a vivência da Luz de cada um necessita um afastamento de cada uma dessas Luzes, o que não quer dizer, com isso, que um está na Luz e ou outro está na Sombra.
Cada um está na Luz, mas essas duas Luzes são diferentes e necessitam de uma separação de caminhos.

Em definitivo, toda Luz, qualquer que seja, se junta à Luz.
Mas isso não é para agora.

A decantação e a separação das Luzes é uma etapa indispensável.
A Luz que evolui em um não pode ser a Luz que evolui no outro.
As Luzes devem por vezes passar por períodos de isolamento, períodos de separação.

Definitivamente, as Luzes se reencontram, mas não onde elas pensavam se reencontrar, não com relação a um destino ou um caminho comum, mas com relação a um destino comum na Luz.

É preciso compreender que, nesse momento, vocês vivem um período que foi chamado, não por mim, mas por outros Arcanjos, «os tempos reduzidos», esses tempos reduzidos e ultra reduzidos correspondem à emergência da Luz em sua densidade, em suas vidas.

É preciso aceitar o presságio, é preciso aceitar a manifestação.
Isso é muito mais importante do que seu caminho afetivo, do que seu caminho profissional ou do que seu caminho familiar.

Há, para isso, certo número de lutos temporários a fazer e a manifestar em sua vida.

Cada um deve viver o que deve viver, independentemente de qualquer ambiente.

A Luz se acolhe em si, e não através do olhar do outro.
É necessário, portanto, nesses momentos, aceitar o que parece distância e separação.
Não é nada.
Isso corresponde a um processo de amadurecimento interior que passa por esta prova de separação, aparente, em todo caso definido como tal na personalidade.

Questão: é exato que, antes de se encarnar, e em função de nosso projeto de vida, almas vêm nos acompanhar para nos ajudar a viver essas experiências?

O Anjo está a seu serviço, o Anjo Guardião, como o Arcanjo, como os Anjos múltiplos da Criação, os acompanham ao longo de suas estradas e seus caminhos.

Entretanto, crer que uma outra alma humana é dedicada para acompanhá-lo em seu caminho não é sempre verdadeiro.

Crer que sua encarnação é dependente em função de outras encarnações é um erro.

Outras almas decidem não encarnar.
Algumas são reencontradas em outros momentos, outras não são jamais reencontradas.

O importante não é o destino fixo, o importante é a mutabilidade que se opera nesses espaços da Criação, na dimensão.
Isso é necessário.

Não há obrigação para nenhuma alma de vir em encarnação.
Não há obrigação de perdão ou de reparação.
Essa é uma concepção humana ao nível da personalidade.

A alma que se encarna decide fazê-lo, geralmente, efetivamente, para uma outra alma.
Mas isso se vive, sobretudo, ao nível das relações, não de alma irmã, não de alma gêmea, mas, efetivamente, ao nível dos carmas que há a ultrapassar, a superar, ao nível de sua própria família.

O perdão necessita da encarnação, num corpo, da densidade de DNA daquele que gerou o sofrimento em você.
Portanto, você se encarna para permitir àquele que o acolhe, como pai educador, superar e perdoar.

Assim, o carma não funciona no sentido que vocês creem: o carma funciona no outro sentido.

Entretanto, nenhuma alma carmicamente ligada a você é obrigada a seguir seu caminho nos mundos da densidade.
Somente o Anjo que lhe é atribuído, e os Anjos de uma maneira geral, os acompanham e lhes permitem seguir sua estrada.

Mas, quaisquer que sejam as ligações existentes com outras almas, elas não são necessariamente obrigadas a cruzar com vocês no momento em que vocês mesmos o desejaram.

O grau de entrelaçamento e o grau de interdependência não é absolutamente tão formal assim.

Há uma liberdade bem maior do que a que vocês imaginam.

O perdão é já constituído a partir do momento em que uma alma decide se encarnar em tal densidade ao invés de tal outra.

A encarnação, em si, é processo de perdão e não o caminho na encarnação.

Questão: por que a abordagem da espiritualidade provoca medos em mim?

O homem é construído com relação a um passado.
O passado tem medo do novo, o passado tem medo da novidade.

A espiritualidade que descobre, através da Presença, outras dimensões, outras manifestações e outras consciências, provoca, necessariamente, um medo.

Quem tem medo não é sua alma.
Quem tem medo é o mental, é o passado, porque ele tem medo de ser escondido sob o peso da novidade.
Isso é Verdade.

Toda diligência de novidade implica num medo.
O homem é construído assim, porque essa é sua estrutura nos mundos dissociados que vocês percorrem.

O espaço da dissociação é um espaço de medo, onde o próprio aprendizado é medo.

Não há que dominar o medo, há que transcendê-lo e iluminá-lo pela Luz, porque o medo é o oposto da Luz.

A Luz não induz jamais a medos.
Mas a reação à Luz, na densidade em que vocês vivem, é sempre medo: medo da novidade, medo do desconhecido, medo do novo, porque o passado sabe que ele não poderá mais controlar o novo e o novo vai se impor no passado.

A Luz vem a você, a Luz bate à porta e pede um acolhimento sem condição.
Este acolhimento sem condição é secessão do passado.

É o novo que bate à porta, é o novo que permite a instauração de uma nova densidade, muito mais etérea, muito mais leve e muito mais hábil a trabalhar no sentido de sua Alegria, no sentido de sua liberação.

Não há liberação, contrariamente ao que quer fazê-lo crer seu medo, no equilíbrio, na verdade da vivência.

Apenas no movimento e na novidade que se encontra o impulso da Luz e da Verdade.

Assim, aceitar a Luz consiste em viver e em deixá-la trabalhar em você.

O medo não pode se combater pelo medo, o medo não pode se combater pelo orgulho ou pela vontade, o medo se transcende pela Luz.

Hoje, é muito mais fácil realizar isso, porque a intensidade e a dose de Luz que lhes é emitida é, a cada dia, muito mais importante.

Muitos de vocês, seres humanos encarnados, sentem o apelo da Luz.
É um apelo que corresponde a uma sede inscrita nesta densidade: o apelo para completar o que está incompleto, o apelo para preencher o que está vazio.

As vidas sem Luz são vidas pálidas, quaisquer que sejam.
Quaisquer que sejam os prazeres que lhes são propostos, a verdadeira Alegria está para além disso, porque a verdadeira Alegria participa da criação da Luz em sua densidade.

Basta aceitar isso para transcender o medo.

O medo não pode se combater, o medo não pode se domesticar, ele pertence ao seu passado e à sua construção.

O medo pode apenas se «eliminar», através da reconexão e do reconhecimento da Luz.
Esta trabalha em você a fim de liberá-lo e o mental, obviamente, tem medo disso, porque ele sabe que a evolução da Luz, em sua Verdade e em sua densidade, assinala o fim dele e ele não quer morrer e, no entanto, é preciso.

Questão: é correto imaginar uma ruptura de relação para reencontrar a Luz?

Esse é o destino de muitas almas, atualmente.

Olhem ao redor de vocês o que acontece nas relações estabelecidas nos modos antigos, mesmo se esses modos antigos fossem busca de Luz autêntica.

Mas a Luz, a busca da Luz autêntica na reunião de duas almas, é frequentemente a marca da Luz do outro.

Vários caminhos são chamados a se separar hoje, porque eles não participam mais do mesmo plano evolutivo.

Obviamente, ver isso com o olhar da afeição e da ligação, e não da relação, induz a uma dificuldade de percepção da realidade do que eu exprimo.

Assim, a parada de algumas relações conduz à concretização, em sua realidade, de sua Luz.

A Luz que vocês são não depende de ninguém, mesmo o ser amado, o mais querido que seja, o mais profundo que seja, bem ao contrário.
O que não impede a relação, obviamente, mas algumas formas de relação são marcadas pelo que eu chamaria de forma de posse do outro.

A forma de posse do outro é um caminho desviado que o ser humano, na densidade dividida, expressou como Amor.
Isso não é Amor, isso é posse.

O Amor é liberação, o amor é liberdade, o amor é total aceitação do que é, em si, e no outro.

Questão: a noção de Guerreiro de Luz corresponde a uma realidade?

Os Guerreiros de Luz são os seres que fizeram o sacrifício de sua Eternidade para virem, nesses mundos desta densidade e desta dissociação, trazer a Luz.

Eles vinham combater a Sombra, mas isso pertence a uma época terminada.

Hoje, os Guerreiros da Luz não têm mais lugar de ser.
Hoje, vocês se tornam a Luz, simplesmente, mas não os Guerreiros da Luz.

Vocês se tornam os Portadores da Luz, vocês se tornam os Transmissores, os Mestres da Luz, os criadores e co-criadores da Luz.

O Guerreiro de Luz vinha se opor a um mundo e, por sua Presença, ele mantinha a coesão desse mundo no limite da deslocação.

Mas não há mais isso, uma vez que a Luz está entre vocês, uma vez que vocês são a Luz.

Os Guerreiros da Luz vinham de vários mundos.
Nisso, eles podiam expressar certo número de filiações.

Há Guerreiros da Luz vindos de diferentes horizontes, de diferentes galáxias e de diferentes mundos e de diferentes dimensões nos multiuniversos.
Isso não tem importância.

O que é importante, hoje, é realizar a Luz e não o Guerreiro da Luz.

Hoje, mais do que nunca, pelos processos que vocês vivem, há abandono e aceitação da Luz.
Isso passa, evidentemente, por aceitar a integração da Luz em vocês e não pelo fato de combater com a Luz.

A Luz não combate jamais, definitivamente.

Ele vinha nesse mundo dissociado apenas para permitir a esse mundo dissociado prosseguir sua estrada e evitar que ele fosse aniquilado pelos combates incessantes que existem desde a criação desta dimensão.

Como vocês sabem, esta dimensão é um campo de experiências, um campo de experiências decretado por algumas forças, nas múltiplas dimensões, às quais à Fonte, inicialmente se opôs, mas, finalmente, teve associada a aceitação de toda Criação, porque a Fonte não pode agir de outro modo, definitivamente.

Assim, durante esta época perturbada da Criação de sua densidade dissociada, era necessário que os Guerreiros da Luz se encarnassem, mas, hoje, esses Guerreiros devem se transformar em Luz pura, sem adjetivo rotulado.

Não há Guerreiros de Luz, assim como hoje não há mais Servos da Luz, porque vocês se tornaram, vocês mesmos, a Luz e é o que vocês vão se tornar cada vez mais.

Essa é a estrita Verdade do que nós vemos desde nossa dimensão.
Entretanto, existe uma distância temporal entre o que nós vemos e o que percebe seu ser, nesta manifestação.

Ser a Luz é ser.
Ser a Luz é participar do movimento e da imobilidade, é participar da dança da vida, é participar no ser, é não mais desempenhar papel, para Ser.

É esta prova, esta revolução, que lhes é hoje solicitada aceitar e integrar em sua Verdade.
Isto está a caminho, isto é agora.

E aí, ainda uma vez, há uma distância entre o que nós percebemos e o que vocês percebem.

Nós podemos dizer que sua consciência está ainda separada.
Entretanto, ela está a caminho para sua reunificação com a Unidade e a Divindade.

No mundo da Unidade e da Divindade não há mais necessidade de Guerreiro, há apenas necessidade de filiação.

A filiação não se define com relação a um papel de Guerreiro.
A filiação se define com relação, ao nível espiritual, à sua ressonância de afinidades com tal ou tal corrente.
Existem múltiplas nesta densidade.

Esta descoberta, e a revelação desta filiação, ser-lhes-á fácil, progressivamente e à medida dos tempos que vêm, mas cada um, ainda uma vez, vai no seu ritmo no acolhimento da Luz, na revelação da Luz e, mesmo, na manifestação da Luz que vocês são.
Nós vamos passo a passo.

Esse passo a passo, para nós, é um passo de gigante, para vocês ele pode tomar, por vezes, a máscara da impaciência e, por vezes, da não compreensão, mas isso não é grave.

Vocês podem ter fé no que eu digo: sua Luz está aí, ela não tem mais necessidade de combater, ela tem necessidade simplesmente de se desabrochar.

O desabrochar não é combate, o desabrochar é dança, o desabrochar é aquiescência à Verdade do que ela é.

Isto está a caminho, em vocês, ao redor de vocês e entre vocês.
Eu preciso, além disso que, em verdade, a Luz não pode combater, a Luz pode apenas se estabelecer.

A Sombra bem que gostaria que a Luz combatesse.
A Sombra é sempre vencedora no combate, em contrapartida, a Luz é sempre vencedora no abandono.

Isso pode parecer difícil, para vocês que atravessaram esses mundos da encarnação, esses mundos da luta, esses mundos da oposição e da confrontação.
Entretanto, esta época está agora terminada, quase terminada.

Cabe-lhes, portanto, fazer suas as palavras, ao nível da Criação, do que vocês são, ao nível da Luz, e não mais entrar em reação com relação a isso.

Participar da reação, da oposição e da resistência mantém a Sombra e não permite à Luz se estabelecer.

Apenas na aceitação, na aquiescência, no abandono à Luz que vocês encontrarão a Luz, totalmente.

Se vocês se colocam sob a influência da Luz e da Fonte, vocês não podem reencontrar a Sombra.

Até uma certa época, todo combatente ou Guerreiro da Luz era confrontado à Sombra: isso fazia parte de um plano evolutivo hoje terminado.

Hoje, não lhes é mais solicitado para se oporem.
A Luz não se conquista, a Luz se aceita, porque ela está aí, não é a mesma coisa.

_________________________
Compartilhamos essas informações em toda transparência. Agradecemos de fazer o mesmo, se a divulgarem, reproduzindo integralmente o texto e citando a fonte: www.autresdimensions.com.

Versão do francês: Célia G. http://leiturasdaluz.blogspot.com

3 comentários:

  1. "Participar da reação, da oposição e da resistência mantém a Sombra e não permite à Luz se estabelecer."
    Informação de suma importância. Dar atenção às guerras e as coisas negativas só as alimentam. Lutar contra qqr coisa "errada" só as fortalece.
    A Sombra bem que gostaria que a Luz combatesse.Pois: "

    "A Sombra é sempre vencedora no combate, em contrapartida, a Luz é sempre vencedora no abandono."

    Maravilhosa informação! Obrigado Célia,

    ResponderExcluir
  2. O mental cria, permanentemente, as ilusões mentais que vocês têm tendência a chamar de pensamentos.

    A maior parte das coisas a que vocês chamam pensamento vem, de fato, de seu mental inferior.

    A emoção em si não é negativa, mas a emoção, tal como a vivem, em sua dimensão dissociada é, obviamente, destrutiva, porque ela concorre a afastá-los da dimensão da Luz.

    As palavras são agitação, o mental é agitação, ele é princípio de divisão e princípio de separação.

    Vocês estão num período de alívio, vocês estão num período de liberação. Assim, vocês não devem mais voltar seu olhar para o passado, qualquer que seja a Luz de que tenha sido portador esse passado. Vocês devem portar a Luz do presente.

    Convém compreender que é necessário abandonar-se ao que se manifesta e ao que vem a você. Não há aí nem recompensa, nem punição, mas somente retribuição, não de qualquer carma, mas somente retribuição da Presença da Luz.

    A Luz vem a você, a Luz bate à porta e pede um acolhimento sem condição. Este acolhimento sem condição é secessão do passado.

    Ser a Luz é ser. Ser a Luz é participar do movimento e da imobilidade, é participar da dança da vida, é participar no ser, é não mais desempenhar papel, para Ser.

    ResponderExcluir
  3. "O que é importante, hoje, é Realizar a Luz.
    "Hoje, os Guerreiros da Luz não têm mais lugar de ser.
    Hoje, vocês se tornam a Luz, simplesmente.
    "Vocês se tornam os Portadores da Luz.
    Vocês se tornam os Transmissores, os Mestres da Luz, os criadores e co- criadores da Luz, ... uma vez que a Luz está entre vocês, uma vez que vocês são a Luz.

    "Hoje, mais do que nunca, pelos processos que vocês vivem, há Abandono e Aceitação da Luz. Isso passa, evidentemente, por aceitar a Integração da Luz em vocês e não pelo fato de combater com a Luz.
    "Não há Guerreiros da Luz, assim como hoje não há mais Servos da Luz, porque vocês se tornaram, vocês mesmos, a Luz e é o que vocês vão se tornar cada vez mais.

    "Ser a Luz é Ser.
    Ser a Luz é participar do Movimento e da Imobilidade, é participar da dança da vida, é participar no Ser, é não mais desempenhar papel, para Ser.
    É esta prova, esta revolução, que lhes é hoje solicitada aceitar e integrar em sua Verdade.

    "Sua Luz está aí.
    Ela não tem mais necessidade de combater, ela tem necessidade simplesmente de se Desabrochar. ... O desabrochar não é combate, o desabrochar é dança, o desabrochar é aquiescência à Verdade do que Ela É.

    "A Luz não pode combater, a Luz pode apenas se Estabelecer.
    "A Luz não se conquista, a Luz se aceita,
    porque Ela Está Aí."

    ResponderExcluir